segunda-feira, 31 de agosto de 2009

PARA ANDREA, BRUNO, PATRÍCIA e SIDNEY


AUTOMATISMO E HERANÇA


— Assim como na co­letividade humana o indivíduo trabalha para a comunidade a que pertence, entregando-lhe o produto das próprias aquisições, e a sociedade opera em favor do indivíduo que a compõe, prote­gendo-lhe a existência, no impositivo do aperfeiçoamento cons­tante, nos reinos menores o ser inferior serve à espécie a que se ajusta, confiando-lhe, maquinalmente, o fruto das próprias con­quistas, e a espécie labora em benefício dele, amparando-o com todos os valores por ela assimilados, a fim de que a ascensão da vida não sofra qualquer solução de continuidade.

Se, no círculo humano, a inteligência é seguida pela razão e a razão pela responsabilidade, nas linhas da Civilização, sob os signos da cultura, observamos que, na retaguarda do trans­formismo, o reflexo precede o instinto, tanto quanto o instinto precede a atividade refletida, que é base da inteligência nos de­pósitos do conhecimento adquirido por recapitulação e trans­missão incessantes, nos milhares de milênios em que o princí­pio espiritual atravessa lentamente os círculos elementares da Natureza, qual vaso vivo, de forma em forma, até configurar-se no indivíduo humano, em trânsito para a maturação sublimada no campo angélico.

Desse modo, em qualquer estudo acerca do corpo espiri­tual, não podemos esquecer a função preponderante do automatismo e da herança na formação da individualidade responsável, para compreendermos a inexeqüibilidade de qualquer separação en­tre a Fisiologia e a Psicologia, porqüanto ao longo da atração no mineral, da sensação no vegetal e do instinto no animal, vemos a crisálida de consciência construindo as suas faculdades de or­ganização, sensibilidade e inteligência, transformando, gradati­vamente, toda a atividade nervosa em vida psíquica.


ANDRÉ LUIZ - Evolução em Dois Mundos - Francisco Cândido Xavier
(A foto é do mais precioso quinteto - Paulo, Andréa, Bruno, Ariane e Natália)

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